Era uma manhã comum quando me deparei com uma notícia intrigante no G1 Globo. Ela falava sobre uma empresa chinesa que oferecia algo quase inimaginável: a imortalidade digital. Sim, isso mesmo! Os chineses estão vendendo programas de videochamadas para que as pessoas possam conversar com seus entes queridos falecidos. Imagine só, você faz uma videochamada para conversar com o falecido e ele responde às suas perguntas. Tudo isso é possível graças a avatares dos mortos, criados com a tecnologia de deepfakes, adulterações de vídeos com a utilização da inteligência artificial.
É inegável que a morte é um fato difícil de aceitar, algo que todos nós enfrentaremos. A dor da perda é dura, triste e, muitas vezes, parece injusta, mas é parte da nossa existência. Ignorar isso ou se iludir não seria uma forma de negação da nossa maturidade? Será que a imortalidade digital é saudável? É moral? O mercado da ressurreição já está ganhando adeptos e lucros financeiros significativos na Ásia e agora também no Ocidente.
A dor, a resistência à morte ou o desejo de imortalidade estão se transformando em mais uma fonte de riqueza para as empresas que desenvolvem essa tecnologia. Vivemos em um mundo onde as pessoas se recusam a crescer, a assumir compromissos emocionais com o próximo e, agora, a enfrentar a morte. É como se estivéssemos condenados a viver entorpecidos no futuro, como no filme “Matrix”, presos por máquinas para fugir das realidades da vida. Pois é! Viver plenamente, com todas as realidades da existência, é tão bom!
Acredito que o melhor da vida é ter a consciência de que devemos aproveitar cada minuto, sermos gratos por tudo e, acima de tudo, termos a certeza de que tudo o que acontece, seja bom ou ruim, é para o nosso bem.