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Relacionamentos Líquidos: Reflexões sobre uma Era Digital
10/04/2024 - 09:00
Ana Lúcia Ricarte

 Em tempos passados, o caminho para um relacionamento era mais direto: interesse mútuo, demonstração e, se houvesse reciprocidade, começava-se um namoro. Hoje, porém, essa jornada é fragmentada em inúmeras fases, muitas vezes sem continuidade.

No mundo virtual, a etiqueta e civilidade parecem ter sido esquecidas, dando espaço a uma geração que se envolve em relacionamentos líquidos e superficiais.

O principal vilão desse cenário é a falta de responsabilidade. Atualmente, muitos encaram a vida amorosa como mais leve e feliz sem o compromisso com o outro. As redes sociais oferecem a facilidade de encontrar novas pessoas, mas também alimentam o medo do compromisso, que é visto como sinônimo de responsabilidade.Essa dinâmica transformou os relacionamentos em algo morno, descartável e sem sentido.

A educação e empatia agora são interpretadas como excesso de emoção, enquanto regras e joguinhos definem as interações, evidenciando a falta de preparo das pessoas para se relacionarem de forma significativa. Surge então uma infinidade de variantes de relacionamentos, desde os “conversantes” até os “namoridos”, tornando os estágios da relação mais estressantes e menos autênticos.

Em meio a essa complexidade, há uma nostalgia pela simplicidade de antes, onde os relacionamentos eram menos burocráticos e mais genuínos.

Nessa era digital, é essencial refletir sobre o verdadeiro significado dos relacionamentos e encontrar um equilíbrio entre a praticidade das conexões virtuais e a profundidade das relações humanas. Afinal, no mundo líquido em que vivemos, é importante preservar a essência e a autenticidade dos laços que criamos.

FONTE: Ana Lúcia Ricarte
EDIÇÃO: Ana Lúcia Ricarte
Ricarte Advocacia
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